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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

SAUDADE EM POESIA II

DOIS ANOS DE SAUDADE IMENSA


     Hoje, Dia do Professor (15/10/2012), conto dois anos da morte de minha amada mãe. Conto, também, uma imensa saudade, esta, porém, sem fim. Tantas coisas poderia ter dito, tantas outras poderia ter calado; tantas coisas poderia ter feito, tantas outras omitido. Poderia ter sido mais intenso no carinho, mais brando nas reclamações. Mas agora é tarde, e não há como esconder a culpa que carrego pelo que podia ter sido.
     Em homenagem à Salomé, minha mãe, o poema de Mario Quintana:

Mãe...São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.

Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!

sábado, 29 de setembro de 2012

A VIRGEM MARIA - BENDITA ENTRE AS MULHERES - IMPORTÂNCIA DE SUA CONDIÇÃO FEMININA

MARIA MULHER


     Maria nos fala de Deus na sua condição de mulher. Pertence ao sexo feminino, marginalizado pela prepotência masculina. É evidente: não se pode separar Maria de sua condição feminina. Ela é proclamada bem-aventurada não só como crente, mas também como mulher. Será chamada "bendita entre as mulheres". Esquecer este aspecto é negar-se a compreender o que Deus nos quer revelar através dela e menosprezar o sentido dos textos evangélicos em que Jesus se dirige à sua mãe e às mulheres. A prática do Senhor introduz neste ponto um germe transformador que nem sempre foi reconhecido e valorizado por seus seguidores.
     
Texto de GUTIÉRREZ, Gustavo. O Deus da vida. São Paulo: Edições Loyola. 1992, pp. 211-2.

domingo, 23 de setembro de 2012

O RELATO DO SONHO DA IRMÃ IGNEZ DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

O RELATO DO SONHO DA IRMÃ IGNEZ DO

 SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

   
 Na noite de 30 de março de 1918, Sábado Santo, então chamado de Sábado de Aleluia, Irmã Ignez do Sagrado Coração de Jesus, uma das fundadoras do Carmelo de São José, em Petrópolis, teve um sonho, por ela mesma relatado em documento:
 
     "Sonhei que estava no leito, exatamente como então me encontrava e costumo passar as noites: meio sentada, recostada sobre travesseiros altos. À minha direita, um ser invisível, de quem vi apenas a mão formosa e alvíssima, estendida a pouca altura dos meus olhos, mostrava-me uma coroa de contas, enfeitadas a maneira do Rosário. E ao mesmo tempo, ouvi mentalmente as seguintes palavras: 'É uma devoção a Nossa Senhora, muito eficaz. Compõe-se de 3 Padres Nossos e 36 Lembrai-vos". E despertei inebriada de paz e de suavíssima consolação, mas ignorando quem fosse o ser invisível que me trazia aquele segredo do Céu, porquanto só lhe vi a mão diáfana. Ficou-me a persuasão de ter sido o meu Anjo da Guarda, o doce mensageiro da preciosa joia de que o rei, meu Senhor, se dignara de encher-me as mãos, para exornar as vestimentas da Rainha, sua mãe. Mas não entendi absolutamente a significação dos 36 "Lembrai-vos". Passei o dia inteiro de Sábado de Aleluia presa ao misterioso sonho, que de tanto bálsamo me ungira a alma; mas de modo algum consegui interpretar a razão do número 36, nem tão pouco a finalidade da nova devoção. Pela tarde, à hora da oração, no coro recolhida, ouvi no meu íntimo, dentro do meu coração, esta voz clara, distinta: 'A devoção que recebeste em seu sonho é para honrar as saudades que Nossa Senhora sofreu de Jesus, durante as 36 horas em que esteve sepultado o corpo do Salvador' Oh! Que abalo senti! Que estremeço de júbilo me sacudiu a alma ao receber a explicação do que até aquele momento era um enigma indecifrável! Que festa para o espírito quando se encontra a chave de um problema que não podia resolver”.

* Extraído do blog http://almacarmelita.blogspot.com.br, de Estela Márcia da Paz.

terça-feira, 31 de julho de 2012

IMAGEM QUE RETRATA A DOR E A COMPAIXÃO DE NOSSA SENHORA


 PIETÁ, de Michelangelo Buonarotti
(foto de Robert Hupka)

SAUDADE EM POESIA


Há dor que mata a pessoa
Sem dó nem piedade.
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.

(...)
Saudade é canto magoado
No coração de quem sente
É como a voz do passado
Ecoando no presente.


                                                                                   Patativa do Assaré

MÃE: SAUDADE ETERNA


SAUDADE DE MINHA MÃE: UMA HOMENAGEM



PARA SEMPRE

                                                                                     Carlos Drummond de Andrade

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento. 
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

ESPAÇO ABERTO DA SAUDADE


        ESTE É UM ESPAÇO ABERTO PARA QUEM TEM SAUDADE DAQUELES QUE JÁ SE FORAM. FAÇA A SUA HOMENAGEM: MANDE UM E-MAIL COM FOTOS DOS ENTES QUERIDOS E UMA BELA MENSAGEM, QUE SERÃO PUBLICADOS.

SAUDADE QUE NÃO TEM FIM


SAUDADE QUE NÃO TEM FIM: 

JOÃO, SALOMÉ E ARMINDA

   


segunda-feira, 9 de julho de 2012

domingo, 8 de julho de 2012

Irmã Ignez do Sagrado Coração de Jesus

Irmã Ignez do Sagrado Coração de Jesus


Início da devoção a Nossa Senhora da Saudade
Irmã Ignez do Sagrado Coração de Jesus
Nossa Senhora da Saudade



     Uma das fundadoras do Carmelo de São José, em Petrópolis, Irmã Ignez do Sagrado Coração de Jesus, que foi visitada, em sonho, por Nossa Senhora da Saudade, era uma das mais disponíveis das religiosas, sempre pronta a atender as solicitações de suas companheiras. Tinha apenas 28 anos quando recebeu o encargo de Mestre de Noviças, missão que exerceu por toda a sua vida.
     

Extraído da publicação comemorativa do centenário do Carmelo de São José, organizada por Teresinha Tabajara Boims 

segunda-feira, 2 de julho de 2012


UM APÓSTOLO DE NOSSA SENHORA DA SAUDADE

     Após receber uma graça de Nossa Senhora da Saudade, o até então descrente Herbet da Silva Sá Antunes, médico da Saúde Pública, dedicou-se em difundir a devoção à Virgem Santíssima por todo o Brasil, minimizando, assim, a proibição imposta ao Carmelo de São José.


Fonte: Monteiro, Mozart. Nossa Senhora da Saudade. 2ª ed. Rio de Janeiro: editora não indicada. 1968.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

TEXTO EM HOMENAGEM À DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DA SAUDADE

     Filho, partiste! Deixaste-me aqui abraçada a esta terrível, imensa saudade! Compartilhei teu martírio com minhas lágrimas e quisera ter sido crucificada em Teu lugar... Como fizeram isso com meu Filho? Oh! Deus! Como fizeram isso com Teu Filho? E, agora, Ele partiu para o Teu Reino. Leva-me também que esta saudade me consome...
     Algumas vezes, é certo que a saudade traz-me um pouco de felicidade: é quando recordo o meu Menino correndo e brincando, louro e lindo, vindo também de bracinhos abertos para mim à procura das ternas carícias do meu amor.
     Mas, torno à realidade e sinto um grande vazio quando penso que já não posso esperá-Lo de volta de suas pregações! Ele não mais virá! Não mais poderei saciar Sua fome e Sua sede, dar-Lhe vestes limpa e arrumar-Lhe o leito quente. Meu Filho! Meu Filho! Se saudade mata, morrerei do desejo de rever-Te!

Texto de Lya Maria



A linda e comovente imagem de Nossa Senhora da Saudade

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A ENTERNECEDORA NOSSA SENHORA DA SAUDADE

A linda e comovente imagem de Nossa Senhora da Saudade

A ENTERNECEDORA NOSSA SENHORA DA SAUDADE

ONDE ESTÁ O MEU MENINO? ONDE ESTÁ O MEU FILHO? - DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DA SAUDADE

        Meus braços estão vazios. Onde está o meu Menino? Onde está meu Filho? Ele cresceu. É um Homem e cumpre a vontade de seu Pai. Vai de caminho em caminho, plantando sementes de amor... Eu, às vezes, nem sei por onde anda! Meu Filho, meu adorado Filho, que saudades sente este meu coração do tempo em que, pequenino, eu Te aconchegava em meus braços, cercando-Te de amor e cuidados!


Texto de Lya Maria, em dedicatória à Madre Maria Helena, do Carmelo de São José

terça-feira, 26 de junho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

HISTÓRIA DA DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DA SAUDADE


        Nossa Senhora da Saudade relembra a imensa saudade que a Virgem Maria teve de seu Filho, nos três dias incompletos que seu corpo esteve no sepulcro.
        A devoção a Nossa Senhora da Saudade nasceu em 30 de março de 1918, após a Virgem Maria ter aparecido em sonho para a Irmã Ignez do Sagrado Coração de Jesus, uma das fundadoras do Carmelo de São José, na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde se encontra sua única, linda e comovente imagem, esculpida em mármore branco.
        Trata-se, portanto, de uma invocação genuinamente brasileira, “inspirada do Alto para, de modo especial, honrar a dor, até então desconhecida, do Imaculado Coração de Maria, durante as 36 horas, ou seja, os três dias incompletos, do encerramento de Jesus no sepulcro”.
        De acordo com o jornalista Mozart Monteiro, em seu livro Nossa Senhora da Saudade,

“a devoção da Coroa de Saudades da Rainha dos Mártires foi desde logo apresentada ao eminente teólogo Padre Dr. João Gualberto do Amaral, e por ele examinada. Declarou o ilustre sacerdote ser esta devoção perfeitamente ortodoxa, nada tendo que contrariasse a sã doutrina da Igreja; e acrescentou que o número 36, das horas do sepultamento de Cristo, se encontra no corpo da ‘Suma’, de São Tomás de Aquino – cuja obra é a expressão mais perfeita da ortodoxia católica” (p. 139).


        Naquela época, a cidade de Petrópolis pertencia à Diocese de Niterói, cujo Bispo, Dom Agostinho Benassi, aprovou a devoção, autorizando a impressão de folhetos com a fórmula da Coroa de Saudades.
        Como explica Nilza Botelho Megale, no livro Invocações da Virgem Maria no Brasil,

“Foi então instituída a “Coroa da Saudade da Rainha dos Mártires” (aprovada pelo bispo de Niterói), espécie de terço constituído de três mistérios, cada um constando de um “Pai Nosso” e doze “Lembrai vos”, somando portanto esta última oração o número 36, correspondente às horas de sofrimento da Mãe Celestial. Na medalha de Nossa Senhora com que termina a coroa rezam se três “Aves Marias” e uma súplica especial à Rainha dos Mártires.”

        Com a criação da Diocese de Petrópolis, em 1948, o primeiro Bispo, Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra, em decisão arbitrária, proibiu, em 1950, a difusão pelo país da devoção a Nossa Senhora da Saudade, autorizando-a apenas nos limites do Carmelo de São José.
        A restauração da Liturgia da Semana Santa pelo Papa Pio XII, em 1956, ratificando o luto intenso para o Sábado Santo, antigo Sábado de Aleluia, tornou evidente o martírio da Saudade sofrido pela Mãe Divina durante o sepultamento de Jesus, vindo respaldar o culto a Nossa Senhora da Saudade.
            A única imagem de Nossa Senhora da Saudade encontra-se na clausura do Carmelo de São José, em Petrópolis. Esculpida em Paris, em mármore Carrara, mede 1,66 m de altura, sem contar o globo terrestre que fica aos pés da Virgem. Foi doada por uma senhora da sociedade, em agradecimento às graças recebidas da Virgem Saudosa.
        A imagem representa Maria em tamanho natural, de pé sobre o globo terrestre e com a cabeça ligeiramente inclinada para baixo, encimada por bonita coroa de ouro. Seu semblante docemente triste deixa transparecer um sorriso melancólico. Sua mão esquerda se apoia sobre o peito, trespassado por um punhal de ouro, enquanto com a direita segura a “coroa da Saudade”, também de ouro.     
        Acima da Imagem lê-se a inscrição; “Vinde a Ela, vós todos que sofreis, vós todos que chorais; e Ela vos consolará”.          
        O dia 30 de março é dedicado a Ela.

História da devoção a Nossa Senhora da Saudade

A linda e comovente imagem de Nossa Senhora da Saudade

A linda e comovente imagem de Nossa Senhora da Saudade, uma devoção iniciada no Carmelo de São José, em Petrópolis